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06/04/2013
Jovens da Zona Azul serão acolhidos pela Patrulha
O presidente da Patrulha Juvenil, João Carlos dos Santos, disse que a Zona Azul vai continuar existindo, pois hoje não há como retroceder, uma vez que o comércio já se habituou a esse sistema. “De uma forma conjunta, temos que buscar uma saída que contemple os jovens, o usuário e o comerciante que depende das vagas rotativas na região central”, disse João Carlos.
Ele procurou tranqüilizar os adolescentes e seus familiares dizendo que a mudança futura não trará prejuízo aos adolescentes. A idéia é que os recursos superavitários do novo sistema de gestão da Zona Azul, que ainda será criado, seja revertido para novos programas da Patrulha Juvenil.
Zona Azul deve mudar, mas jovens aprendizes não ficarão desamparados, diz João Carlos- Garça (SP), 01 a 05 de Abril de 2013
João Carlos dos Santos: de uma forma conjunta, temos que buscar uma saída que contemple os jovens, o usuário e o comerciante.
Depois de matéria publicada por A SEMANA na edição nº 106 (de 11 a 15 de março) e de reportagem veiculada pela TV TEM , afiliada da Rede Globo, na última quarta-feira, 3 de abril, o assunto “Zona Azul” passou a ser um dos principais temas nas conversas entre os garcenses.
Na matéria da TV, a manchete principal foi “70 jovens que trabalham na zona azul de Garça, SP, vão ficar sem emprego”, o que provocou apreensão por parte dos jovens aprendizes e seus familiares. Tudo por causa de um parecer do Ministério Público do Trabalho, que classifica como irregular o emprego de menores com idade na comercialização de cartelas de Zona Azul.
Por isso, o empresário João Carlos dos Santos, presidente da Patrulha Juvenil de Garça, entidade administrada pelo Lions Clube e responsável pelo serviço de Zona Azul na cidade, convocou a imprensa na tarde da quinta-feira, 4, para fazer alguns esclarecimentos por meio de uma entrevista coletiva.
Ensino profissionalizante — Durante a entrevista coletiva, João Carlos explicou que a Patrulha Juvenil tem como carisma principal a profissionalização dos adolescentes e que conta com três programas: a Socioaprendizagem; a Casa Abrigo - que oferece moradia para crianças e adolescentes em situação de risco social-; e a Inserção no Mundo do Trabalho.
A Zona Azul faz parte, segundo ele, desse terceiro programa da Patrulha e existe há 12 anos. Atualmente, 70 adolescentes aprendizes atuam nas ruas do centro da cidade, efetuando a venda de cartelas para amenizar o problema da falta de vagas para estacionamento, devido à baixa rotatividade dos veículos. Para tanto, a Patrulha promove treinamentos constantes aos adolescentes. Além da socialização dos jovens, o propósito principal é evitar que os mesmos fiquem ociosos e sujeitos à marginalidade, de forma que sejam criadas oportunidades de ingressarem no mercado de trabalho e contribuírem com a renda familiar. Trata-se de um trabalho educativo, sem fins lucrativos, baseado no artigo 68 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Os jovens inseridos neste programa possuem registro em carteira, com todos os seus direitos garantidos pela Lei nº 10.097. O público alvo atendido, segundo João Carlos, são adolescentes de 14 anos completos a 18 anos, que obrigatoriamente frequentem a escola ou que já tenham concluído o Ensino Médio.
Apesar de tudo isso, com a mudança na legislação, a Patrulha Juvenil terá que mudar o atual funcionamento da Zona Azul, buscando outras alternativas para inserir esses jovens em seu quadro. Uma dessas alternativas poderá ser a intalação de equipamentos eletrônicos de controle de estacionamentos, os parquímetros. Mas o assunto ainda depende de reuniões envolvendo a Patrulha e outros segmentos da sociedade como as autoridades de trânsito, a Patrulha Juvenil, a Associação Comercial e Industrial, a Prefeitura e a Câmara Municipal.
Jovens não ficarão desamparados — O presidente da Patrulha Juvenil disse que a Zona Azul vai continuar existindo, pois hoje não há como retroceder, uma vez que o comércio já se habituou a esse sistema. “De uma forma conjunta, temos que buscar uma saída que contemple os jovens, o usuário e o comerciante que depende das vagas rotativas na região central”, disse João Carlos.
Ele procurou tranquilizar os adolescentes e seus familiares dizendo que a mudança futura não trará prejuízo aos adolescentes. A idéia é que os recursos superavitários do novo sistema de gestão da Zona Azul, que ainda será criado, seja revertido para novos programas da Patrulha Juvenil que possam beneficiar esses jovens e seus familiares, mantendo seu vínculo com a entidade.
Dentro da lei — João Carlos destacou que, no tocante à Zona Azul, atualmente, a Patrulha Juvenil de Garça trabalha em conformidade com a lei. Porém, segundo ele, é preciso se antecipar, buscando alternativas adequadas à faixa etária dos jovens, que sejam condizentes com as mudanças da legislação. “Então, o que nós queremos é pensar lá na frente e nos anteciparmos a possíveis situações futuras que venham criar qualquer tipo de dificuldade na operação desenvolvida pela Patrulha junto aos jovens que participam desse programa”, estimou o empresário.
Os jovens inseridos na Zona Azul possuem registro em carteira, com todos os seus direitos garantidos pela Lei nº 10.097.